Piracicaba

O nome vem do tupi, toda palavra que tem “pira” no meio surgiu dentro da floresta. Pelo que encontramos, vem das expressões “pira-syikáwa” ou “pirá sykáua”. Foi assim que nos contaram os piracicabanos. Como o rio tem quedas, “piracicaba” é o lugar onde o peixe para, não consegue mais continuar por causa delas e das pedras.

Você sabia que existe até um sotaque “caipiracicabano”? É pura verdade, toda grande cidade tem o seu sotaque, vá a São Paulo, a Ribeirão Preto, a Araçatuba e ouça. Tudo diferente. Porque é então que Piracicaba não teria o seu jeito único de falar?

Não há livro melhor para incentivar a leitura dos adultos do que esse. É muito engraçado, não dá vontade de parar de ler. Veja o que significa FOGO NA JACA:

“Já quase não existe mais jaca, a fruta. Imagina-se, pois, alguém tacando fogo na jaca. Coisa difícil. Pois é isso mesmo: ‘fogo na jaca’ é coisa difícil. Ouve-se muito essa expressão em mesas de bar e no Club da Lady. Homens e muiés são quase unânimes: ‘É, casá é fogo na jaca’.”

E agora é a vez do CRARÃO:

“Quando um relâmpago risca o céu, diz-se, em Piracicaba, que apareceu um crarão. Vale apenas para a luminosidade: ‘Um crarão riscô o céu...’, dizem os poetas. Mas, se se falar a respeito da velocidade de um relâmpago, o crarão não deve ser usado.”

Fomos visitar o senhor Cecílio, Cecílio Elias Neto, a pessoa que mais entende desse assunto. Com uma simplicidade que é só dele, nos recebeu em sua casa para uma tarde de prosa e livros. Ele é escritor, jornalista, pesquisador, dicionarista, conseguiu preservar uma quantidade enorme de arquivos sobre a cidade e a região. São mais de 50 mil itens guardados no acervo do seu instituto, o ICEN. O delicioso dicionário, com centenas de verbetes está na sexta edição e se chama “Arco, Tarco, Verva”, com referência a uma história passada em um salão de barbeiro

Quem quiser saber mais sobre o dicionário, o ICEN e o trabalho do seu Cecílio, acesse o instagram @icen.institutoceliasnetto ou clique no botão abaixo para ser redirecionado: